Serviço publico e não só

Estou aqui a contar-vos a minha triste historia passada nos nossos fantasticos serviços publicos

Estava eu a fazer um favor á minha mae numa dessas grandes instituiçoes, naquilo onde se inscrevem os trabalhadores das empresa e acontece-me isto:

Chego cerca de 14:10 e como aquilo tem varios tickets e eu nao sabia qual tirar vou a uma senhora perguntar qual devo tirar, e ela sem sequer ouvir diz-me logo "Para informaçoes ticket 3"...depois de alguma insistencia, ela apercebeu-se que bastava uma palavra para me tirar a duvida e lá solou um "é o 2" sem ter que esperar pela minha vez...

Tiro o tal "2" e sento-me nuns banquinhos, na fila de traz de umas senhoras claramente reformadas, faltava cerca de meia centena para a minha vez, e o tema de conversa dessas senhoras era a familia, ou melhor, uma delas tava com um molho de fotos na mao, a mostrar á outra e a dizer "Vê este é o meu netinho" e aoutra respondia "Ah como tá grande", isto mais de meia hora até que a vez duma delas chegou e acabou com o meu sofrimento ao ver aquilo, a outra continuou com um murmurio imperceptivel aparentemente a reclamar de qualquer coisa.

Bom lá continuei á espera e o contador ia lentamente aproximamando-se da minha vez. Finalmente a altura chegou, o meu nr. finalmente apareceu no visor e lá fui eu, feliz e confiante.

Chego, peço licença, sento-me, mostro-lhe os papeis, explico a situaçao e o Sr. responde com um "Desculpe, nao percebi" volto a explicar, desta vez com mais palavras para ser mais perceptivel, e ele diz "mas isso nao é aqui, tem que ir tirar o ticket 4" e eu "mas esse guichet hoje ta fechado" e ele amavelmente "entao espere um segundo que eu vou ali falar com uma colega" foi...veio...sentou-se e disse para lhe mostrar os papeis, foi isso que fiz. Ele analisa aquilo muito bem e depois de analisado diz que estao ali coisas por preencher.

Ora como o meu conhecimento acerca daquilo é igual ao da plantaçao de peras do tibete acatei o que ele disse... Chego a casa disse á minha mãe o que ele me tinha transmitida e ela disse-me que apenas faltava escrever o nome do funcionario e mais uma data de tretas numa folha, e que poderia perfeitamente ter visto isso lá pela outra folha que ja tinha isso...

Fiquei fulo, senti-me enganado, tinha que voltar lá no dia a seguir...assim foi...a sorte dele (ou minha) foi que o famoso guichet 4 ja estava aberto e nao tive que ir á zona do inimigo o guichet 2.



Outra situaçao, esta ainda mais desconfortavel foi no banco...Na CGD tencionava abrir uma conta no meu nome, fui la outra vez aos tickets e mais uma vez nao percebi nada daquilo, depois de informado lá fui ao balcao, isto tudo ás 13:30, fui para lá logo que acabou a escola, sem almoçar visto que os bancos fecham ás 15h, chego ao tal balcao, senti-me feliz, só tava uma pessoa á minha frente. Sentei-me para lá, e esperei, munido do meu mp3, portanto bem acompanhado, bom, era uma pessoa...vá lá complicada, era uma senhora com os seus 50 e tais que tava a ter um pouco de dificuldade em expor o seu problema...tavamos mal...lá conseguiu...mas o pior é que tambem tava a ter dificuldade em perceber o que o homenzito do banco lhe queria dizer...Nisto passou cerca de 40 minutos, ou seja, 14:10 sem almoçar lá vou eu para a minha vez, expliquei o queria e ele perguntou a minha idade eu respondi "16" e ele torceu a cara e virou costas, foi ao computador teve lá uns 5 minutos e voltou para me dizer que nao sabe se isso será possivel mas "vou perguntar a uma colega"... esperei...deseperei e ele tardava a aparecer com a resposta.

Finalmente e volvidos uma boa duzia de minutos voltou ele, nao com a resposta mas com a indicaçao de que tinha que "subir aquelas escadas e ir ter com a senhora que tava no balcao logo em frente".

Lá fui, isto deve ser para os apanhados da TVI pensei eu, cheguei, 5 homens com o tom serio tipico dos adultos á minha frente para chegar á tal senhora, espero de novo já eram quase 14:40...Cheguei á senhora finalmente passados 20 minutos desde entao 15 horas portanto volto a explicar a historia que ja tinha decorado e ela rapidamente me diz vá ter com aquela senhora ali "morram mase todos" penso eu, olho a senhora tava sem ninguem, ou seja era a minha vez...sensaçao de alivio...Vou para lá mais confiante do que nunca, volto a explicar o que pretendia e ela finalmente me diz algo concreto "acho que isso não é possivel" mas...tinha que vir um mas " vou falar com a minha colega la em baixo, só me apeteceu rir, tava cheio de fome, cheio de dores de cabeça, cheio de tar ali tudo bons motivos para soltar uma boa gargalhada...


Lá vem ela e finalmente me confirma que só poderia fazer aquilo se fosse com o nome do meu pai...e teve a distinta lata de perguntar se estaria interessado...conti-me e disse "Nao, era só mesmo se fosse em meu nome" e retirei-me 15:15 e tava fora daquele banco, finalmente fui almoçar dos almoços mais felizes e merecidos da minha vida...ouvir dizer passado uns tempos que é propriedade do estado e achei que tava tudo explicado...


Bom, nao queiram nunca ter que tratar destas coisas...que eu fiquei bem traumatizado ao fim de duas experiencias

5 comentários:

  Anónimo

julho 20, 2006 9:33 da tarde

LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL
BEM FEITA!
HAHAHAHAHHA

  Anónimo

julho 21, 2006 12:29 da manhã

cada um tem o k merece.
xD

  Anónimo

julho 21, 2006 1:15 da tarde

acho que todos nós em idade escolar ja tivemos algum vislumbre do serviço publico portugues...e da sua eficiencia, é inscrições nas aulas, é inscrições nos exames...cada vez que me deparo com problemas burocraticos eu penso "para que isto tudo se eu nem sequer quero ter aulas?!".
Só uma coisa, acho que não se plantam peras notibete!

  Nyx

julho 21, 2006 3:37 da tarde

td bem k o serviço publico é uma merda, mas tu tb devias tar melhor informado no k toca à CGD pk um menor para ter uma conta, qualquer que seja o banco, tem de ser conjunta com um tutor.

  Rui Cardoso

julho 21, 2006 7:23 da tarde

Nao nyx, eu tenho conta no montepio geral sem ser em conjunto com nenhum "maior" foi a minha 2ª alternativa e resolvi isto positivamente para mim em não mais de meia hora