Como sempre, ninguém faz ideia do que raio é que eu tou a falar

Bom dia

Todas as forças abruptas do reino do mal se reuniram, eram 7.30 na altura. Tinham um minucioso plano de controlo de todo o metabolismo publico. Eram unidos, nobres por uma causa, sentiam toda aquela magnificência de maldades como se fosse a sua própria. Sempre foram fieis à causa, era isso que os tornava tão fortes, todos tinham cega fé na sua causa. O mundo era deles, nem precisavam de rei pois auto-reinavam-se na crença das suas convicções e clemencias.

No entanto, a vida era dura para eles. Nem sempre é fácil enfrentar tudo e todos para combater pelo mal, nem sempre se é devidamente apreciado quando se está entre barricadas supostamente inimigas. Os olhares amedrontados da multidão deixavam transparecer ódio, os gritos desesperados das vitimas muitas vezes faziam aqueles soldados balançar, mas depressa a força vinha, e a crença mantinha. Essa força sempre me impressionou, ao contrário de ódio, nos meus olhos sempre brilhou admiração, mesmo enquanto de esquartejamentos eles se divertiam, mesmo sabendo que todas as razões daquilo vão contra tudo que de normal considero moral, havia sempre uma parte de sub-consciente de mim que os admirava pela sua genial maleficência.

21/8/08, com amor

No outro lado

Há uma fome por satisfazer, há um desejo ardente por saciar, há um inevitável descontrolo pelo incontrolável. O que será? Não sei, mais alguém o almejará? Movimentados processos e alvarás a descoberta e nula e nunca aliviará a gula. Haverá rios que não acabem por tempo bastante para se tornarem perpétuos? Haverá estrela tão luminosa que nos alente de esperança assim tão incessantemente? É que serão ainda precisos muitos mais como os que já vieram para atingirmos tudo o que nos confiam receber. Altos fardos transportamos hoje em dia, vão crescendo na mesma medida que as nossas costas. Ao mesmo tempo que as mais recentes assimetrias ecuménicas nos desembarcam nas costas. Por mais verde que seja a relva, por mais azul que seja o mar, as suas cores nunca nos vão responder ao porquê de assim serem, cores. Talvez a resposta esteja nesse toque, ainda esteja nesse toque. Parece estranho, para mim estranhamente até parece fazer sentido. Mas as vidas também seguiram diferentes dos mesmos sentidos, com algum senso e concordância. E hoje o que resta? O amanha. E amanha restará o depois, e depois restará o verde da relva, que estará luzente por causa da chuva, luzente ao ponto de iluminar um outro toque, talvez um tão grandioso que possa responder outra vez ao azul do mar… talvez.