nem eu sei

Eram mais que muitos mas foram efémeros. Trovadores mais retrácteis que vendedores de bíblias, poetas mórbidos e romancistas frios. Eles vinham aos milhares, quiçá milhões. Todos os temiam, ninguém os detinha… Todos os calafrios em gemidos mil, em rugidos zero. Todos tinham medo, duma a outra parte, dum ao outro lado. Todos soluçavam pelos que para trás ficavam, insensíveis ou insensatos. Esmiuçavam aquelas gentes que nada tinham a perder a não ser a história do que outrora haviam tido. Ora por um lado, ora por outro. Ora com o poder, ora com a falsa diplomacia. Eles vinham de vencer para vencer. Eles vinham para conquistar e ameaçar continuar. Até que nada os conseguisse realmente aquietar. Eram das terras das cores infinitas e dos desejos mil, daquelas fantásticas obras de arte afiguradas em mil cadáveres. Eram quem mais tinha contribuído para o mal-estar populacional e mesmo assim quem menos estava saciado de sangue. Autênticos vampiros sanguinários, aqueles dóceis homens e mulheres, daquela doce e curiosa terra.

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