Também eu. E de depois não acordar, ou então acordar só quando isso fosse realidade, quando fosses realmente acima de tudo o resto e o pudesse mostrar ao mundo. Quando o grito mudo ganhasse voz, quando a censura se acabasse ou então quando fôssemos, simplesmente fôssemos.
Teria medo, medo de não mais querer acordar. Medo de não mais ser infeliz ou miserável, medo de saber tudo o que queria e de controlar tudo até ao mais ínfimo detalhe. No fundo, medo de ser perfeito. Mas se tu és, talvez seja tão bom como o teu sorriso anuncia.
Tomara que lhe conseguisse resistir. Por vezes minto, afirmo não ser quando sou. Sou sempre, por vezes mesmo quando não desejo. Tu és? Espero que sim. Seremos então. Seremos para sempre se assim o soubermos.
Tolhidos na amargura das diferenças, e depois? Se eu chegar ao fim e notar que sou o oposto o máximo que poderia acontecer seria eu deixar de gostar de mim, ou então, gostar de ambos de maneiras diferentes. Tão diferentes …
Tombos e tareias. Pombos e Sereias. Chuva e sol. Árduo mas mole. Sempre que te encontro nos meus sonhos, acidentalmente ou não, todo o tipo de sensações me assolam, me confortam. Esteja eu dormir ou não.