O texto sem ela -

Senti a falta d-. Passado tanto tempo sem - depois de tantos erros para com -, depois de tantas noites a pensar n- depois de tudo que lhe fiz, será que - me perdoa? Será que ainda posso? Será que ainda há hipótese? Toda esta chacina mental em nome d-, de certeza que - não aprovaria. Tanto sangue derramado, tanta lágrima escorrida, tanto lugar percorrido tanta vida vazia, cada dia mais azia, cada via mais sombria sem a luz dos olhos d-. Tinha medo, mas porquê? Não sei de tudo o que sou capaz, sei que de tudo sou por -. Afinal descobri que não era ser, seria apenas a sombra do que - era? - diria que não, que afinal também sou eu, mas o destino provou-me errado. Não, não, voltar atrás, fazer de novo, maquinas do tempo, tempo turbulento, tempo estagnado, preciso d-. Acordei olhei em frente, é mais um dia, escuro, sem rumo, por tudo, sem nada, sem -. Eu tive mas não aproveitei, porquê? Porque erro, errar é humano, ao contrário d-, é superior, tem cara de anjo, tem alma pura, tem pele macia. Deixa-me ser alguém, gritava eu, gritava a quem, não estava cá ninguém, não estava cá -. Até que um dia, o sol nasceu, o caderno abriu a musica soou, tudo aconteceu, o tempo regressou, eu sorri, - voltou. Eu e -, eu e - eu e ELA.

promessas

Parecendo que não, também choras. Não sei se sou eu, provavelmente até sou, não percebo porquê, provavelmente nem vou. Mas alastra-se, que nem uma gripe. Apanho esses vermes deprimo e não choro, um homem não chora nem quando assim tem que ser, e acho bem, não por mim, por ti, quem seria eu se não mostrasse protecção, e que protecção seria se não visse os inimigos porque os olhos aguaram?

A matéria não é nova, já foi bem estudada, mas não é aprendida. Não sabes explicar, não és professora. Não nasci para isto, penso eu. Que sei eu? Nem sei se sei quanto mais que não sei. Sei que quero saber, conta para alguma coisa? Provável que não, espero que sim.

Um dia, talvez um dia. Confio eu, confio em mim que será possível, confio em ti que talvez esperes, confio em nós que...não sei o quê, sei que confio.

Louva-a-dEUS, as capitais frisam o insecto. Não, não lhe chamo insecto, a ele pelo menos, chamo-lhe vitima, pensando bem, até chamo aos dois, um não percebe outro não é percebido, os dois acabam por sofrer, só um acaba por morrer.

Amanhã virá, amanhã veremos, amanhã sofremos?

Assassino, eles diziam.

Ele não era má pessoa, os problemas em criança ajudaram, os conceitos de beleza da sociedade, a falta de amor dos pais e os colegas a chamarem-no de aberração, tudo isto contribuía, nada disto desculpava. Era um dia lindo, daqueles que ele detestava, o dia em que ele decidiu começar a sua criação. Era doente, sim. Mas não era má pessoa, eu repito. ou talvez fosse, depois do que fez. Mas até era só uma vitima desta sociedade. Tinha nascido um monstro, os anos não o ajudaram, só aquela mascara que o escondia.
A miúda, ou as, também não eram más pessoas. Tiverem foi um problema fatal, serem bonitas de mais. Ele teve um sonho, foi daí que tudo nasceu, o monstro sonha a chacina nasce. Ela viu aquele rosto, aquele corpo, aquela pele, era perfeito, tudo era perfeito. Portanto tudo o que ele fez, fez apenas porque um valor mais alto se alevantou. Tudo valia a pena, em troca da perfeição que só ele via. Escusado será dizer que ele era inteligente, ou pelo menos culto, tantos anos consigo mesmo na escuridão daquela cave, cheia de livros antigos e filmes românticos. Cresceu no meio daquelas histórias perfeitas, com aquelas figuras imaculadas, só para lhe lembrarem que ele nunca seria isso, pensavam eles. Todos eles, os professores nem o queriam nas aulas, assustava os outros meninos. Aprendeu por si mesmo, sem influencias, sem orientações.

Eu condeno-o, mas eu também estou corrompido pela mesma sociedade, penso eu. Todos o condenavam, mas por baixo disso, alguns o percebiam. Quem não sonha com esse ser perfeito, ele sonhou e encontrou-o. Os nossos sonhos tem que vir dalgum lado.

Ele tratava-as bem, até ao momento em que as cortava, a seguir chorava, odiava-se, recompunha-se e punha-se ao trabalho. Eram apenas partes, parte que choravam e pediam misericórdia, mas partes. Partes de um todo que não tinham lá nascido, estavam espalhadas pelo mundo, o criador, seja lá esse quem for, deve ter pensado que este mundo não merecia perfeição, ele pensou diferente e criou.

Continua...rá?

Segredos

Não existem, lamento.

Ninguém os guarda para si, alias. Se tu contas a alguém uma coisa e pedes para guardar segredo estás praticamente a pedir para essa pessoa o ir espalhar por aí aos 7 ventos. Se tu confias em mim para me contar alguma coisa, eu confio em alguém para contar essa mesma coisa, esse meu grande conhecimento que tanta confiança me inspira terá claramente também o seu próprio melhor amigo desde a primária a quem conta tudo. Acho que estão a ver por onde vou... Grandes génios do fofoquismo pedem inclusivamente segredo confiando que isso fará com que a noticia se espalhe mais que pombas à beira da estrada quando vem o 58 para S.Roque. Não pretendo com isto que nenhum de vós, caros leitores, (sim, é mesmo contigo que tou a falar)deixe de contar e pedir segredos acerca das coisas mais secretas da vossa vida, ou da do vosso amigo, ou do vizinho da Ivone que tem sida, hmm, não era suposto dizer isto, não contes a ninguém, ok?

Até acho um jogo engraçado, o baixar a voz, mesmo quando não está ninguém por perto, o tom misterioso e sério, até a expressão facial muda, hão-de reparar. Depois há vários tipos de segredos desvendados, os que saem por acidente, como aquele do vizinho da Ivone, totalmente acidental... Os que saem porque, e passo a citar, "tenho que te contar uma coisa porque já nem aguento mais, mas promete que não sai daqui" e nós lá prometemos, na nossa cabeça muito honestamente, porque para nós não sair daqui significa nós os dois e a Raquel, a quem eu conto tudo... Espero que gostem deste texto mas...não digam a ninguém que eu voltei a escrever no blog, ok?


PS: Personagens fictícias!

Lvsiadas South Africa 2010

1
Os Liedsons e os Decos assinalados,
Que na ocidental praia Lusitana,
Por jogadas nunca antes navegadas,
Passaram ainda além da Herezgovina,
Em perigos e Queirozes esforçados,
Mais do que prometia O Madail,
E entre gente espantada edificaram
Novo Mundial, que tanto sublimaram;

2

E também as memórias gloriosas
Daqueles Figos, que foram dilatando
O Bruno, o Meireles, e os buracos viciosas
De Dinamarca e de Suécia andaram devastando;
E o Queiroz, que por obra do acaso
Se vai do despedimento libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
A sorte que tivemos naquela segunda parte.

3

Cessem do sábio Grego e do Francês
As humilhações grandes que nos fizeram;
Cale-se de Charisteas e de Trezeguet
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Ingleses e Holandeses obedeceram:
Cesse tudo o que a canarinha canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.

4

E vós, bandeiras minhas, nas janelas
Tendes em mim um novo sistema táctico,
Se sempre em verso humilde celebrado
Esse Pepe no meio campo alegremente,
Dai-me agora um salto alto e sublimado,
Um estilo calmissimo e coerente,
Porque de vossas águas, Carvalho ordene
Que não tenham perigo ao Eduardo.

5

Dai-me uma fúria veloz e peneirenta,
E não de Manchester mas de Madrid,
Mas de Ronaldo na ala ou no centro,
Que o peito acende e a defesa ao gesto muda;
Dai-me igual canto das namoradas famosas
Gente vossa, que as revistas tanto ajuda;
Que se espalhe e se queixe na área,
Se tão sublime penalti cabe em verso.