Não deixei que fosse em vão o tormento provocado pela tua religião, nem sei como esses desprovidos de amanhã conseguem afectar tão solenemente tanta fiel alma.
O que eu penso é diferente do que eu digo, o que digo é diferente do que eu faço, o que eu faço é diferente do que o que eu devia fazer e tudo isto é diferente do que eu sinto. A força do meu eu será sempre inferior à do resto do mundo, quanto mais não seja por questões matemáticas.
Algarismos flutuantes como pedras cintilantes, tudo se torna claro ao anoitecer, tudo menos a luz. A luz que enraivece a vista, enraivece de sobre maneira que a torna nublada e embaciada, que efeito este nos provoca quem nos deveria fazer ver melhor. Se calhar é tudo ilusão, se calhar a luz é um artificie simulatório que muda o mundo em segundos, se não porquê estes mesmos de adaptação a algo tão natural? Naturalmente que não será assim tão linear. Afinal a perfeição não está na luz...sempre tinham razão aqueles que insistiam que na escuridão está a felicidade? Foi há tantos séculos que me custa a querer, tão primitiva beleza de viver aquele em que a ignorância era poder.
Se calhar prefiro mesmo apagar as luzes para começar a ver. É reconfortante ver tudo como quero e não como me obrigam. A mim e a todos, pelos visto. Esses artistas pictóricos que nos pintam à imagem do que nos rodeia.
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