Trial

She smiles at me, you used to laugh at me. She calls me sweety, you called me stupid. She makes me breakfast with a heart drawn on my pancakes, you used to make me make you breakfast and then throw it out and leave. She writes me postcards with messages of love before she leaves to work, you just used to stay in bed and tell me to leave. She calms me down when I'm nervous for that important meeting, you would convince me that I would fail because I'm not good enough. She's always there for me, you were always avoiding me when I was troubled. She never swears, you called me a stupid ass hole so many times that I started to believe that I really was one. She always waits for me when I'm late, you would tell me to be there on time and then never come. She would rather stay home with me watching an old movie, you would rather get drunk with your girlfriends and then call me just to insult me. She will never break my heart, you would never let it heal. She loves me forever, you never really did. I don't love her, I love you.

Vitórias

Não sei de que é feito o mundo, não sei porque foi feito o mundo mas sei não terá sido construído por derrotas. Não sou de religiões, mas se criasse uma quem iria parar ao inferno seriam os perdedores. Pior ainda, os perdedores que se acomodam.

Outro dia estava ler no jornal acerca dum jovem rapaz que se tentou suicidar, falhou. Até no acto final falhou...e depois não tentou mais...tentou uma vez, falhou, desistiu. Se calhar foi por esse tipo de atitude que ele se quis suicidar no primeiro lugar. Eu sei que se eu algum dia me quisesse suicidar eu iria conseguir, e prometo desde já. Eu tomava uma caixa de pastilhas, atirava-me dum 25º andar e a meio da queda dava um tiro na cabeça. Mas de qualquer modo eu não vejo qualquer uma situação que me fizesse querer acabar com a minha vida, talvez seja aqui que entra a parte positiva do meu anti~devotismo afora mencionado. Porque ao contrario de vocês que podem ou não ser religiosos, eu não acredito que isto seja tipo Super-Mário, que morremos uma vez, mas como tínhamos cogumelo vivemos uma segunda, para mim, é só isto que há, e portanto há que aproveitar.

Mas voltando às atitudes perdedoras, estas até me dão certa motivação, eu sei que não devia viver do mal dos outros mas a verdade é que toda a gente vive do mal dos outros, é triste, até é, mas se o azar de uns é mesmo a sorte dos outros, e portanto eu como não sou hipócrita estou também à espera que os outros falhem, desde que eu tenha hipótese em capitalizar no erro. Não, não faço realmente isso, mas sinceramente acredito que devia. Ainda faço parte do restrito grupo que se preocupa com o equilíbrio geral. Não vamos ser naives, há-de haver momentos em que todos vamos passar por cima de alguém para chegar ao nosso destino, como a minha mãe diz que tudo faria pelos filhos, numa situação extrema, qualquer mãe será capaz de coisas inimagináveis para a salvação de um filho, ou vice-versa. Se calhar também qualquer apaixonado será capaz de suportar muita coisa em ordem de atingir a sua meta, qualquer um de nós poderá, a qualquer momento escolher a si mesmo em vez de outrem. Alias, qualquer um de nós normalmente se escolherá a si mesmo, os actos de heroísmo estão ultrapassados e vivemos num mundo de anti-heróis. Não que isso seja o cenário ideal mas, também já ninguém tinha paciência para altruísmo.

Este texto faz-me pensar um pouco que tenho um bocado de duas personalidades, não me consigo definir bem, mas numa coisa consigo assentar, seja qual for a minha posição, é essa a correcta, porque detesto perder, e porque nunca perco nem nunca me engano, e quando me engano não admito, alias, eu nunca me engano, nem nunca me enganei, e estou sempre correcto. Sempre fui assim, eu ainda hoje não como ervilhas porque um dia uma professora da pré-primaria decidiu que me ia tentar obrigar a come-las. Não as comi, ainda hoje não as como, pode ser a única coisa que haja para comer nesta vida de estudante que não dou o braço a torcer, de notar que, tanto quanto sei, essa educadora até pode já estar na segunda vida do cogumelo, tenho quase a certeza que ela era católica.

Este texto também serve para eu olhar para este últimos 20 minutos e ver que não escrevi nada de jeito, mas como eu sou assim, vou só clicar aqui no publicar postagem a laranja.

O texto sem ela -

Senti a falta d-. Passado tanto tempo sem - depois de tantos erros para com -, depois de tantas noites a pensar n- depois de tudo que lhe fiz, será que - me perdoa? Será que ainda posso? Será que ainda há hipótese? Toda esta chacina mental em nome d-, de certeza que - não aprovaria. Tanto sangue derramado, tanta lágrima escorrida, tanto lugar percorrido tanta vida vazia, cada dia mais azia, cada via mais sombria sem a luz dos olhos d-. Tinha medo, mas porquê? Não sei de tudo o que sou capaz, sei que de tudo sou por -. Afinal descobri que não era ser, seria apenas a sombra do que - era? - diria que não, que afinal também sou eu, mas o destino provou-me errado. Não, não, voltar atrás, fazer de novo, maquinas do tempo, tempo turbulento, tempo estagnado, preciso d-. Acordei olhei em frente, é mais um dia, escuro, sem rumo, por tudo, sem nada, sem -. Eu tive mas não aproveitei, porquê? Porque erro, errar é humano, ao contrário d-, é superior, tem cara de anjo, tem alma pura, tem pele macia. Deixa-me ser alguém, gritava eu, gritava a quem, não estava cá ninguém, não estava cá -. Até que um dia, o sol nasceu, o caderno abriu a musica soou, tudo aconteceu, o tempo regressou, eu sorri, - voltou. Eu e -, eu e - eu e ELA.

promessas

Parecendo que não, também choras. Não sei se sou eu, provavelmente até sou, não percebo porquê, provavelmente nem vou. Mas alastra-se, que nem uma gripe. Apanho esses vermes deprimo e não choro, um homem não chora nem quando assim tem que ser, e acho bem, não por mim, por ti, quem seria eu se não mostrasse protecção, e que protecção seria se não visse os inimigos porque os olhos aguaram?

A matéria não é nova, já foi bem estudada, mas não é aprendida. Não sabes explicar, não és professora. Não nasci para isto, penso eu. Que sei eu? Nem sei se sei quanto mais que não sei. Sei que quero saber, conta para alguma coisa? Provável que não, espero que sim.

Um dia, talvez um dia. Confio eu, confio em mim que será possível, confio em ti que talvez esperes, confio em nós que...não sei o quê, sei que confio.

Louva-a-dEUS, as capitais frisam o insecto. Não, não lhe chamo insecto, a ele pelo menos, chamo-lhe vitima, pensando bem, até chamo aos dois, um não percebe outro não é percebido, os dois acabam por sofrer, só um acaba por morrer.

Amanhã virá, amanhã veremos, amanhã sofremos?

Assassino, eles diziam.

Ele não era má pessoa, os problemas em criança ajudaram, os conceitos de beleza da sociedade, a falta de amor dos pais e os colegas a chamarem-no de aberração, tudo isto contribuía, nada disto desculpava. Era um dia lindo, daqueles que ele detestava, o dia em que ele decidiu começar a sua criação. Era doente, sim. Mas não era má pessoa, eu repito. ou talvez fosse, depois do que fez. Mas até era só uma vitima desta sociedade. Tinha nascido um monstro, os anos não o ajudaram, só aquela mascara que o escondia.
A miúda, ou as, também não eram más pessoas. Tiverem foi um problema fatal, serem bonitas de mais. Ele teve um sonho, foi daí que tudo nasceu, o monstro sonha a chacina nasce. Ela viu aquele rosto, aquele corpo, aquela pele, era perfeito, tudo era perfeito. Portanto tudo o que ele fez, fez apenas porque um valor mais alto se alevantou. Tudo valia a pena, em troca da perfeição que só ele via. Escusado será dizer que ele era inteligente, ou pelo menos culto, tantos anos consigo mesmo na escuridão daquela cave, cheia de livros antigos e filmes românticos. Cresceu no meio daquelas histórias perfeitas, com aquelas figuras imaculadas, só para lhe lembrarem que ele nunca seria isso, pensavam eles. Todos eles, os professores nem o queriam nas aulas, assustava os outros meninos. Aprendeu por si mesmo, sem influencias, sem orientações.

Eu condeno-o, mas eu também estou corrompido pela mesma sociedade, penso eu. Todos o condenavam, mas por baixo disso, alguns o percebiam. Quem não sonha com esse ser perfeito, ele sonhou e encontrou-o. Os nossos sonhos tem que vir dalgum lado.

Ele tratava-as bem, até ao momento em que as cortava, a seguir chorava, odiava-se, recompunha-se e punha-se ao trabalho. Eram apenas partes, parte que choravam e pediam misericórdia, mas partes. Partes de um todo que não tinham lá nascido, estavam espalhadas pelo mundo, o criador, seja lá esse quem for, deve ter pensado que este mundo não merecia perfeição, ele pensou diferente e criou.

Continua...rá?

Segredos

Não existem, lamento.

Ninguém os guarda para si, alias. Se tu contas a alguém uma coisa e pedes para guardar segredo estás praticamente a pedir para essa pessoa o ir espalhar por aí aos 7 ventos. Se tu confias em mim para me contar alguma coisa, eu confio em alguém para contar essa mesma coisa, esse meu grande conhecimento que tanta confiança me inspira terá claramente também o seu próprio melhor amigo desde a primária a quem conta tudo. Acho que estão a ver por onde vou... Grandes génios do fofoquismo pedem inclusivamente segredo confiando que isso fará com que a noticia se espalhe mais que pombas à beira da estrada quando vem o 58 para S.Roque. Não pretendo com isto que nenhum de vós, caros leitores, (sim, é mesmo contigo que tou a falar)deixe de contar e pedir segredos acerca das coisas mais secretas da vossa vida, ou da do vosso amigo, ou do vizinho da Ivone que tem sida, hmm, não era suposto dizer isto, não contes a ninguém, ok?

Até acho um jogo engraçado, o baixar a voz, mesmo quando não está ninguém por perto, o tom misterioso e sério, até a expressão facial muda, hão-de reparar. Depois há vários tipos de segredos desvendados, os que saem por acidente, como aquele do vizinho da Ivone, totalmente acidental... Os que saem porque, e passo a citar, "tenho que te contar uma coisa porque já nem aguento mais, mas promete que não sai daqui" e nós lá prometemos, na nossa cabeça muito honestamente, porque para nós não sair daqui significa nós os dois e a Raquel, a quem eu conto tudo... Espero que gostem deste texto mas...não digam a ninguém que eu voltei a escrever no blog, ok?


PS: Personagens fictícias!

Lvsiadas South Africa 2010

1
Os Liedsons e os Decos assinalados,
Que na ocidental praia Lusitana,
Por jogadas nunca antes navegadas,
Passaram ainda além da Herezgovina,
Em perigos e Queirozes esforçados,
Mais do que prometia O Madail,
E entre gente espantada edificaram
Novo Mundial, que tanto sublimaram;

2

E também as memórias gloriosas
Daqueles Figos, que foram dilatando
O Bruno, o Meireles, e os buracos viciosas
De Dinamarca e de Suécia andaram devastando;
E o Queiroz, que por obra do acaso
Se vai do despedimento libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
A sorte que tivemos naquela segunda parte.

3

Cessem do sábio Grego e do Francês
As humilhações grandes que nos fizeram;
Cale-se de Charisteas e de Trezeguet
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Ingleses e Holandeses obedeceram:
Cesse tudo o que a canarinha canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.

4

E vós, bandeiras minhas, nas janelas
Tendes em mim um novo sistema táctico,
Se sempre em verso humilde celebrado
Esse Pepe no meio campo alegremente,
Dai-me agora um salto alto e sublimado,
Um estilo calmissimo e coerente,
Porque de vossas águas, Carvalho ordene
Que não tenham perigo ao Eduardo.

5

Dai-me uma fúria veloz e peneirenta,
E não de Manchester mas de Madrid,
Mas de Ronaldo na ala ou no centro,
Que o peito acende e a defesa ao gesto muda;
Dai-me igual canto das namoradas famosas
Gente vossa, que as revistas tanto ajuda;
Que se espalhe e se queixe na área,
Se tão sublime penalti cabe em verso.

Inserir titulo.

Falei em ti, falei contigo, perdi-te. Falaste comigo, depois, respondeste-me até. Ganhaste. A inocência da transparência e a cor branca que te anuncia é a mesma com que sempre te associo. Será sempre problema comum, qual associação de subordinados, qual anunciação de maiores pecados. Amanhã será o dia, todos os dias acreditamos que o próximo será o definitivo e eterno, mas o próximo torna-se mais, ainda por cima um passado, ao mais faz dele um mais-que-perfeito, ou então um pretérito jamais acabado e que será porventura continuado.

Não vou perseguir as palavras, elas já não saem a esta altura e acho que a mensagem ficou exactamente como eu desejava...imperceptível.

Perdido, perdi-te?

Deixa que os meus olhos te observem. Eles não te vão fazer mal, eles não te vão magoar. Nem quando eles se assemelham a um luar, nem quando quase me transformo em canibal. Nunca te vou deixar, gritei eu 5 minutos antes de partir. Não podia ficar sabendo que assim o prometi, percebeste isso no momento em que me olhei nos olhos, tentara encontrar a razão para sair. Sem sucesso, segui sem suspeitas, segui sem razões, segui sem perdões, segui sem consentimento, meu ou alheio. Um dia vou voltar, talvez. É mais que certo que te voltarei a ver, é mais que certo que serei diferente, é mais que certo que continuarei o mesmo... Continuei, devagar prossegui, não havia o que olhar por cima dos ombros, não havia do que fugir, não havia para onde me apressar. Era assim que eu gostava, era assim que podia suavemente deprimir na minha alegre solidão. Comecei então a planear o momento do não próximo regresso. Havia uma festa? Algo do género, mas não. Os copos estavam partidos e as bebidas quentes. Os balões ainda estavam lá, mas já enrugados pelo tempo, as crianças não corriam, o leitor estava encravado e a musica não rolava, apenas a repetição daquele verso se fazia ouvir. À medida que me aproximava a curiosidade apertava, que festa era aquela? Era cinzenta e sem alegria, quando lá cheguei, finalmente, já lá não estavas, ou só lá estava o teu corpo. Assim como o de toda a gente...curiosidade, medo e raiva me assolavam, curiosidade, medo e raiva me perseguiram. Decidi re-imaginar...mas não mudava, era como se de uma visão do futuro se tratasse. Será que...? Não sei, não sabia pelo menos. Só havia duas opções, ou confiava que aquilo não passou dum sonho mau e continuava com a minha viagem, ou acreditava que tinha poderes adivinhatórios e voltava para trás para vos ajudar...Mas ajudar quem? Não conhecia ninguém daquela festa para além de ti, porquê uma festa de recepção com gente que não me conhece? Acreditei que era a minha imaginação apenas, acreditei que era apenas um pesadelo, acreditei que tinha tempo para voltar, acreditei que não era preciso salvar ninguém pois o perigo estava apenas na minha cabeça e...perdi-te. Perdi-te e a todos aqueles ilustres desconhecidos que se reuniram para me saudar. Será que perdi? Será que continuo a sonhar? É impossível terem passado tantas semanas e ter acontecido exactamente o que eu sonhei. É impossível, mas será? Parecia bem real, mas da primeira vez também parecia e não aconteceu...ou se calhar aconteceu e a minha mente criou esta ilusão para ludibriar a dor. Talvez se seguir viagem tudo se torne mais claro. Pois assim segui, e assim me fui afastando. Todas as noites acordava sobressaltado com aquela imagem na cabeça, com a duvida, com a tormenta. Será que aconteceu? Uma vez? Duas vezes? Já não dormia em condições há várias semanas. A minha vida era caminhar e ter pesadelos, ou pesadelo, sempre o mesmo, sempre a mesma imagem. Sempre a mesma festa, sempre a mesma figura tua: pálida e parada. Caminhei tanto, tentando perceber o que aconteceu que acabei por me perder. Não sabia onde estava nem sabia como voltar. Não sabia como estavas nem sabia se ainda estavas. Só o pesadelo continuava, já tinha decorado aquela imagem de horror. Sempre a lápis de carvão e nunca a lápis de cera. E agora?